sexta-feira, 20 de março de 2009


HÁ CENÁRIOS QUE NEM EM DELÍRIOS

SE PODEM ACEITAR COMO RAZOÁVEIS

Li com atenção o artigo de José Carlos Pereira no blog Marco 2009 e não podia deixar de dar a minha opinião em relação à possibilidade de tal delírio se poder vir a concretizar.
De facto, tal como JCP refere, este cenário não passa de uma suposição e ainda bem!
Ver o concelho em tal cenário seria ver um caos total, uma governação sem rei nem roque… Não que nesta suposição não sejam mencionadas pessoas de valor. Mas não no cargo que realmente merecem.
Antes de continuar a expressar a minha opinião quero apresentar-me. Não gosto de anonimatos. Defendo a verdade, a clareza e a transparência. Sou uma jovem, de nome Natividade, que nasceu e vive neste concelho, mais precisamente na freguesia de Sande.
Apesar de me orgulhar do concelho onde vivo quero orgulhar-me ainda mais. Quero poder viajar pelo país, dizer que sou do Marco de Canaveses e as pessoas o reconhecerem por feitos merecedores. Não quero mais que seja associado a rostos, a aspectos negativos, a situações que mais não fazem que denegrir a imagem desta terra.
E do modo como o senhor hierarquiza os actuais candidatos à Câmara Municipal com certeza essa imagem não vai mudar.
Em 2005 deu-se uma mudança há muito esperada. Os marcoenses precisavam libertar-se, desligar-se de rostos e partidos fosse na autarquia fosse nas juntas de freguesia. A mudança de facto aconteceu mas não tão eficaz como se pretendia.
Temos um presidente incapaz de se adaptar à realidade do município, um presidente que até pode conhecer o concelho mas não tão bem como aqueles que cá vivem. Temos um presidente que se rodeou de burocracias. Para qualquer tipo de questão, por mais simples que esta seja, primeiro que se consiga falar pessoal e directamente com Manuel Moreira são necessárias ultrapassar uma série de barreiras que na maior parte das situações não se justificam.
Aquilo que vejo enquanto marcoense é que muitas das pessoas anónimas deste concelho que defenderam, em 2005, com fervor, Manuel Moreira hoje mostram-se descontentes e frustradas por ver que aqueles problemas que realmente necessitam de uma resposta rápida e eficaz neste município continuam sem solução.
Enquanto jovem que sou tenho consciência que faço parte de uma geração, que na sua maioria, tem acesso a todos os tipos de meios de comunicação; uma geração informada e esclarecida, que só não se informa se não tiver vontade. A internet coloca-nos o mundo à frente, permite-nos ter acesso à informação e a tornarmo-nos pessoas mais esclarecidas e interventivas na vida em comunidade.
Falando em Avelino Ferreira Torres, esse senhor que transformou o concelho marcoense num autêntico estado ditatorial, que mais se pode dizer? É um senhor pelo qual a juventude marcoense não nutre qualquer simpatia. Talvez pelo facto de sermos mais esclarecidos não nos deixamos levar por qualquer tipo de discurso, sem clareza, sem consistência. Sou licenciada em Relações Públicas e como tal tenho consciência que a imagem que uma pessoa tem publicamente diz muito sobre si. Muitas vezes a postura acaba por dizer mais que as palavras, podendo levar à derrota. Mas não é preciso ter conhecimentos nesta área para se saber que o carácter, a postura e o modo de actuar de Ferreira Torres não cativam os mais jovens. Talvez porque nunca tenhamos vivido num regime opressor e porque fomos habituados à liberdade de expressão, à liberdade do fazer, à liberdade do ser contra não queremos um líder no município que utilize a opressão e a autoridade para atingir os seus objectivos.
Analisemos agora o candidato Norberto Soares. Será que nesta suposição de resultados das Autárquicas 2009, Norberto Soares não devia trocar de posição com Manuel Moreira?
Falamos de um marcoense que não o é apenas porque cá nasceu ou porque cá tem raízes. Falamos de um marcoense que vive no concelho, que acompanha de perto o que cá se passa e, como tal, tem um conhecimento mais profundo das realidades que afectam a população do município. Alguém com quem se pode falar directa e pessoalmente sem ser necessário a solicitação a terceiros, alguém que mostrou e continua a mostrar trabalho em prol da comunidade e que pela sua personalidade é uma referência para os jovens marcoenses. Falamos de alguém que tem os filhos inseridos na comunidade marcoense.
Por tal, José Carlos Pereira, respondendo às questões que coloca no final da sua exposição, com este cenário que supõe, teríamos um município desgovernado, incapaz de navegar na mesma direcção, diga-se na direcção do progresso, da modernidade, da verdade e da justiça. Manuel Moreira não seria capaz de construir pontes sólidas, tal como não foi capaz até aos dias de hoje. Pode ter sido capaz de terminar pontes construídas por outros mas nunca capaz de as construir a partir dos alicerces. E deixe que lhe diga que pergunta bem… Que seria da nossa terra? Sinceramente nem quero pensar em tal pois consigo imaginar o Marco pior que o que está e o que já foi.
Eu, tal como muitos marcoenses procuramos um Marco de verdade, justo e transparente e não um concelho liderado por uma equipa ingovernável.


Natividade Rocha

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